22 horas do dia 10 de Outubro de 1881. Faz hoje precisamente 126 anos., falecia em Kartum, Sudão, Daniel Comboni. Tinha 50 anos e quase 7 meses. O fundador dos Missionários e missionárias Combonianas, deixava atrás de si uma vida repleta de viagens, encontros, aventuras, mas sobretudo uma vida cheia de doação, solicitude, amor, entrega, obediência,… uma vida cheia de DEUS.
Parabéns a Ele e parabéns à família comboniana.
Parabéns a Ele e parabéns à família comboniana.
Para o recordar em toda a sua dignidade, transcrevo aqui uma parte da homilia da eucaristia que celebrou quando ficou responsável do vicariato da Africa central, em Kartum em 1873.
“Estou muito contente de finalmente me encontrar de novo entre vós, depois de tantas vicissitudes penosas e de tantos ansiosos suspiros. O primeiro amor da minha juventude foi para a infeliz Nigrícia e, deixando tudo o que me era mais querido no mundo, vim, faz agora dezasseis anos, a estas terras para oferecer o meu trabalho como alívio para as suas seculares desgraças. Parti para obedecer; porém, entre vós deixei o meu coração e, tendo-me recomposto como Deus quis, os meus pensamentos e os meus actos foram sempre para convosco.
E hoje, finalmente, recupero o meu coração voltando para junto de vós. Sim, eu sou vosso pai e vós meus filhos e como tais pela primeira vez vos abraço e estreito contra o meu coração.
Tende a certeza de que a minha alma vos corresponde com um amor ilimitado para todo o tempo e para todas as pessoas. Eu volto para o meio de vós para nunca mais deixar de ser vosso e totalmente consagrado para sempre ao vosso maior bem.
O dia e a noite, o Sol e a chuva encontrar-me-ão igualmente e sempre disposto a atender as vossas necessidades espirituais; o rico e o pobre, o são e o doente, o jovem e o velho, o patrão e o servo terão sempre igual acesso ao meu coração. O vosso bem será o meu e as vossas penas serão também as minhas. Quero partilhar a vossa sorte e o dia mais feliz da minha existência será aquele em que eu possa dar a vida por vós.
Não ignoro a gravidade do peso que lanço sobre mim, já que, como pastor, mestre e médico das vossas almas, terei de velar por vós, instruir-vos e corrigir-vos; defender os oprimidos sem prejudicar os opressores, reprovar o erro sem censurar o que erra, condenar o escândalo e o pecado sem deixar de ter compaixão pelos pecadores, procurar os transviados sem encorajar o vício: numa palavra, ser ao mesmo tempo pai e juiz. Mas resigno-me a isso, na esperança de que todos vós me ajudareis a levar este peso com júbilo e com alegria em nome de Deus.
“Estou muito contente de finalmente me encontrar de novo entre vós, depois de tantas vicissitudes penosas e de tantos ansiosos suspiros. O primeiro amor da minha juventude foi para a infeliz Nigrícia e, deixando tudo o que me era mais querido no mundo, vim, faz agora dezasseis anos, a estas terras para oferecer o meu trabalho como alívio para as suas seculares desgraças. Parti para obedecer; porém, entre vós deixei o meu coração e, tendo-me recomposto como Deus quis, os meus pensamentos e os meus actos foram sempre para convosco.
E hoje, finalmente, recupero o meu coração voltando para junto de vós. Sim, eu sou vosso pai e vós meus filhos e como tais pela primeira vez vos abraço e estreito contra o meu coração.
Tende a certeza de que a minha alma vos corresponde com um amor ilimitado para todo o tempo e para todas as pessoas. Eu volto para o meio de vós para nunca mais deixar de ser vosso e totalmente consagrado para sempre ao vosso maior bem.
O dia e a noite, o Sol e a chuva encontrar-me-ão igualmente e sempre disposto a atender as vossas necessidades espirituais; o rico e o pobre, o são e o doente, o jovem e o velho, o patrão e o servo terão sempre igual acesso ao meu coração. O vosso bem será o meu e as vossas penas serão também as minhas. Quero partilhar a vossa sorte e o dia mais feliz da minha existência será aquele em que eu possa dar a vida por vós.
Não ignoro a gravidade do peso que lanço sobre mim, já que, como pastor, mestre e médico das vossas almas, terei de velar por vós, instruir-vos e corrigir-vos; defender os oprimidos sem prejudicar os opressores, reprovar o erro sem censurar o que erra, condenar o escândalo e o pecado sem deixar de ter compaixão pelos pecadores, procurar os transviados sem encorajar o vício: numa palavra, ser ao mesmo tempo pai e juiz. Mas resigno-me a isso, na esperança de que todos vós me ajudareis a levar este peso com júbilo e com alegria em nome de Deus.
E agora é a vós a quem me dirijo, ó piedosa Rainha da Nigrícia, e, aclamando-vos como Mãe amorosa deste vicariato apostólico da África Central entregue aos meus cuidados, atrevo-me a suplicar-vos que nos recebais solenemente sob a Vossa protecção a mim e a todos os meus filhos, para que nos guardeis do mal e nos dirijais para o bem.
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